
Prof. Gilberto da Silva Roque
Formado em Educação Física, Bacharelado pela Faculdade de Educação Física da Associação Cristã de Moços de Sorocaba SP (FEFISO /ACM). Tem 46 anos de idade. Natural da cidade de Salto/SP, interior do Estado, região metropolitana de Sorocaba. Treinador Especialista em treinamentos de corrida, Proprietário da Gilberto Roque ASSESSORIA ESPORTIVA. Com a esposa Claudia, que é acadêmica no curso da Faculdade de Educação Física, o professor Gilberto segue trabalhando com treinamentos de corrida e oferecendo treinos de qualidade do iniciante ao avançado, colocando em prática todo aprendizado que adquiriu, durante 28 anos no atletismo, respeitando a individualidade biológica. Juntos, fundaram a equipe Master Indaiatuba, onde atletas acima de 30 anos, são divididas as categorias de 5 em 5 anos e podem participar do atletismo com todas as provas disponíveis, apresentando aos idosos por exemplo, que eles podem estar em uma pista oficial de atletismo e competir em provas oficiais na sua categoria, independente do seu nível ou idade, e isso é muito inspirador. Atualmente trabalhando em Parceria num projeto da Faculdade Anhanguera que acaba de montar um grupo de corrida gratuito por três meses, com aulas presenciais duas vezes por semana, onde têm treinamento adequado e dicas de corridas que ajudam a melhorar a coordenação, é bom para a socialização que é uma grande forma de mostrar o esporte, aos que ainda não conhecem e para aqueles que estão iniciando, poderem começar da melhor forma possível.
CSF: Professor Gilberto iniciou quando na corrida?
GR: Desde a infância a paixão pelo esporte já era visível, mesmo que em forma de brincadeiras. Como todo bom brasileiro, o futebol era uma constante, mas a velocidade sempre me acompanhou. Nas brincadeiras de rua, a corrida era minha aliada, e a cada disputa, a certeza de que a velocidade era minha marca registrada se consolidava. Naquela época, a corrida não tinha a popularidade que vemos hoje. Mas, em 1997, um evento mudou tudo. A São Silvestre. Com a vitória emocionante de Émerson Iser Bem, sobre o lendário queniano Paul Tergat, despertou em mim, uma alegria e paixão pela corrida. Aquele momento mágico me fez acreditar que eu também poderia alcançar grandes feitos. Acreditando que meus treinos de futebol já me preparavam para a corrida, decidi buscar mais informações sobre o atletismo. A surpresa veio ao descobrir que a pista de atletismo tinha apenas 400 metros, e não 1000, como eu imaginava. A distância da São Silvestre, 15 km, parecia um desafio ainda maior. Mesmo com a surpresa inicial, a paixão falou mais alto. Busquei um treinador e iniciei minha jornada no atletismo. Os primeiros treinos foram desafiadores, mas a cada passo, a cada gota de suor, a certeza de que estava no caminho certo.

CSF: Quais as provas que mais atraem o senhor?
GR: Apesar da minha preferência por provas de longa distância, meu treinador me incentivou a competir em provas de pista, como 800m e 1500m. A experiência me proporcionou aprendizado e resistência, mas a paixão pelas provas mais longas sempre me guiaram. Ao longo de 28 anos, trilhei um caminho de superação, muitas derrotas e conquistas. Participei de diversas provas em todo o Brasil e no exterior, como a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, a Volta da Pampulha, a 10 Milhas da Garota, a Meia Maratona de Santiago, a Maratona de Porto Alegre, a Maratona Internacional de São Paulo e muitas outra provas. São Silvestre, meu sonho inicial, se tornou uma realidade. Participei da prova 15 vezes, alcançando a 30ª colocação geral em 2007, sendo o melhor colocado da região na época. Minha trajetória no atletismo me proporcionou muito mais do que vitórias. O esporte me ensinou disciplina, superação e a importância de cuidar da saúde. Acredito que o atletismo é um estilo de vida, uma filosofia que me guia em todos os aspectos da minha vida. Corri em diversas modalidades, desde 1500 metros rasos até maratona.
Minhas provas favoritas são as de 10 km (rua) e 10.000 metros rasos (pista).
Destaques da Carreira:
Vice-campeão no Campeonato Paulista Adulto de Atletismo
Vice-campeão paulista de Cross Country.
15 participações na São Silvestre. 30ª colocação geral na São Silvestre em 2007, sendo o melhor colocado da região.
CSF: Gosta de competir ou é mais por prazer?
GR: Inicialmente, a corrida era um refúgio, uma forma de buscar saúde e bem-estar. Ao descobrir a real dimensão do desafio da São Silvestre, percebi que o pódio seria uma meta distante, mas a paixão pelo esporte e a busca por uma vida saudável me impulsionaram. Com o tempo, os resultados começaram a aparecer, e a vontade de ir além cresceu. Enfrentei a barreira da falta de informação e recursos, típicos da minha origem humilde. A superação se tornou parte da jornada. Buscar treinadores renomados era um desafio, mas a persistência me levou a conquistar meu espaço. Hoje, a competição é uma celebração da minha evolução, um reflexo da dedicação e do amor pelo esporte.
CSF: Quantas medalhas podem ser vistas no arquivo?
GR: Acredito que já ultrapassei a marca de 500 medalhas de participação e mais 300 troféus. Realmente não sei ao certo. Cada um desses objetos representa uma história, um desafio superado, um momento de alegria. São Silvestre, com minhas 15 participações e o 30º lugar geral em 2007, ocupa um lugar especial na minha coleção. Mas o que realmente importa não é a quantidade, mas sim a jornada, as amizades e aprendizados que o esporte me proporcionou.

CSF: Quais são os benefícios da corrida?
GR: A corrida é um presente para o corpo e para a mente. Os benefícios são inúmeros comprovados por estudos científicos: Hoje em dia já existem muitos estudos e pesquisas que mostram os vários benefícios que a corrida quando feita de forma correta e orientada por um profissional capacitado, pode trazer. Aumenta a expectativa de vida. Pesquisas mostram que pessoas que praticam corrida, quando comparados com pessoas sedentárias, diminuem as chances de terem doenças cardiovasculares, e ajuda na perda e na manutenção do peso. A corrida demanda certo esforço que gera um gasto maior de energia. Pesquisas mostram que dependendo da intensidade da corrida, o gasto energético pode gerar Consumo Excessivo de Oxigênio Pós-exercício o chamado (EPOC), isso significa que nosso corpo continua queimando calorias após o exercício. Reduz o risco de doenças crônicas. Segundo os cientistas, os benefícios preventivos podem estar relacionados com a redução da gordura corporal e regulação do metabolismo promovido pelo exercício, o que também tem impacto direto na redução dos níveis de colesterol ruim melhorando a saúde do coração. Fortalece os músculos, ossos e articulações. Ainda é comum entre os atletas, dizerem que a corrida faz mal para os joelhos e outras partes do corpo. Porém, estudos sobre o assunto acabam com esse mito e mostram uma forte relevância de que o exercício, na verdade, pode fortalecer os tecidos e cartilagens do joelho e até protegê-los do desgaste. E não para por aí, a corrida ainda é capaz de aumentar a densidade óssea, protegendo os atletas de problemas como osteoporose e artrite. Esse efeito poderia ser maior se as pessoas começassem a correr na juventude, especialmente na adolescência e isso me lembrar a época de criança de como nós corríamos o dia todo. Melhora a qualidade do sono, eleva à disposição física e dá mais energia,
CSF: O senhor entende que as modalidades esportivas inclusive a corrida, deveria ser implementada no ensino público como extracurricular?
GR: Com certeza ! O esporte é uma ferramenta poderosa de transformação social. Nas escolas, ele pode combater o sedentarismo, promover a disciplina, melhorar o aprendizado e formar cidadãos mais saudáveis. A prática esportiva extracurricular é um complemento essencial à educação, preparando as crianças para os desafios da vida. Assim como já existem em outros países, o esporte caminha junto com os estudos sendo para se tornarem atletas profissionais ou mesmo cidadãos saudáveis e é fundamental para o aprendizado ainda mais nos dias atuais que as crianças vivem na frente das telas, ter o esporte fazendo parte do ensino ajudaria diminuir o sedentarismo no futuro, melhorar o aprendizado e a concentração do aluno e a disciplina.
CSF: Qual será a próxima competição na qual o senhor estará participando?
GR: Estou me preparando para a Meia Maratona de Santa Bárbara d’Oeste, em 27/04/2025, e para o Campeonato Paulista Master e a Taça Brasil Master de Atletismo. A cada competição, renovo meu amor pelo esporte e busco novos desafios.
CSF: Qual é a mensagem que o senhor deixa para os leitores?
“A corrida é para todos, independentemente da idade ou condição física”. Mas a orientação profissional é fundamental para evitar lesões e aproveitar ao máximo os benefícios do esporte. Pense no futuro: como você quer estar aos 60, 70 ou 80 anos? Invista na sua saúde, o bem mais precioso que temos. Saúde tem valor, mas não tem preço! Comece hoje, dê o primeiro passo e descubra a alegria de correr!
A página Crônica Sem Fronteira agradece ao Professor Gilberto Roque pela atenção e disponibilidade.
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